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A História dos Isqueiros Zippo

Mesmo se você é novato no cachimbo (como eu*), provavelmente você já ouviu falar dos isqueiros Zippo. Uma vez onipresente no dia a dia, o instrumento despretensioso com o nome mal-humorado transcendeu os caminhos da vida, sem mencionar as gerações. Poxa vida, a maioria das pessoas com mais de uma certa idade provavelmente lhe dirá que é uma peça icônica da história americana, semelhante à Les Paul (guitarra*) e ao Corvette (se precisar esclarecer fica difícil né rsrs*).

Durante a adolescência, o Zippo estava entre alguns objetos que meu avô me deu, que eu valorizei e mantive por perto – e continuo a fazê-lo até hoje. O isqueiro era velho, mas ainda tinha brilho o suficiente para chamar minha atenção um dia enquanto eu brincava em sua loja. Era uma coisa estranha para a mente de criança mirrada – uma bugiganga reluzente de uma época passada. Naturalmente, eu implorei para ele desse o dito-cujo, provavelmente por essas duas razões acima mencionadas, e depois de alguma chatice minha, ele cedeu.

Anos mais tarde, descobri que foi feito em 1967. A informação não era exatamente chocante para mim, embora a descoberta da maioria dos Zippos datáveis ​​até o ano exato fosse bem legal (para não mencionar o sonho de um colecionador). Quando eu digo que a informação não foi chocante, quero dizer que eu tinha visto filmes suficientes neste momento para ter pelo menos um conhecimento superficial da história da Zippo. Isso quer dizer que eu sabia que era uma empresa antiga e que era sobre isso.

Fazendo uma pequena pesquisa, descobri que, a partir de 1933, a empresa – iniciada por George Blaisdell em Bradford, Pensilvânia com o único propósito de produzir isqueiros que funcionavam bem com o vento – recebeu seu nome familiar baseado em sua semelhança com a palavra “zíper.” Ele achou que soava “moderno” e, embora a empresa tenha tido algum sucesso em meados dos anos 30, não foi até a Segunda Guerra Mundial que a marca solidificou seu status em todo o mundo. Em 1941 a Zippo suspendeu a produção de varejo para concentrar-se exclusivamente em isqueiros para os militares dos EUA, resultando no desenvolvimento do modelo de caixa de aço com um acabamento crepitado preto, projetado para suportar os rigores do combate. Esses projetos utilitários não eram úteis apenas para o exterior quase indestrutível, mas também para acomodar uma variedade de fontes de combustível – tudo, do diesel à bebida alcoólica – como se pode ver na réplica do isqueiro militar americano de 1941.

Se foi um movimento patriótico ou um insight de marketing, o fato de milhões de militares terem transportado esses isqueiros para o exterior certamente ajudou na apresentação do projeto para o mercado global. Além disso, a necessidade de produção ajudou a manter a empresa na lida até depois da guerra. Sem mesmo descansar sobre seus louros, Blaisdell imaginou uma nova campanha promocional. Ele encomendou um Chrysler Saratoga 1947 modificado com isqueiros Zippo gigantes, completo com chamas de neon removíveis escondidas por tampas articuladas que podiam ser fechadas quando na estrada. Com seu agora famoso nome estampado em cada porta em tinta dourada de 24 quilates, o Zippo Car viajou pelo país, chegando a 48 estados dentro de dois anos.

Tendo obtido amplo reconhecimento através da campanha de Blaisdell, a Zippo voltou seu foco de marketing para o controle de qualidade e serviço ao cliente, garantindo a satisfação do cliente através de uma impressionante garantia vitalícia. A empresa declara simplesmente que, em 85 anos, “ninguém jamais gastou um centavo na reparação mecânica de um isqueiro Zippo, independentemente de … idade ou condição”.

Dali em diante, os anais da contribuição da Zippo para a cultura pop falam por si mesmos; de concertos e capas de álbuns a filmes de Hollywood e programas de televisão, o famoso isqueiro é agora um símbolo. Para alguns, isso pode significar resiliência e durabilidade – para outros, antiguidade ou até mesmo uma declaração de moda – mas de qualquer forma, o Zippo certamente será reconhecido, mesmo para as gerações vindouras.

Tradução livre por JC Pereira, o novato.

Original por Daniel Bumgardner para o smokingpipes.com

Fumaça confrades!

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* notas do tradutor.




Secagem Artificial de Tabaco

“Esta publicação é dedicada ao confrade Osmário Oliveira – que nos ensinou a arte de secar o tabaco muito úmido no forno de cozinha.” – JC


Eu gosto do meu tabaco bem seco, então deixo que ele fique fora da lata uma noite depois abrí-la. Dependendo do nível de umidade, isso geralmente é o suficiente.

No entanto, eu não sou terrivelmente organizado e muitas vezes me vejo sem tabaco seco para fumar, então eu pego um atalho que faz a maioria das tabacarias estremecer em desaprovação: eu uso o micro-ondas. Trinta segundos para uma lata de 50 gramas é suficiente, seguido por alguns minutos para respirar e esfriar.

Não consegui encontrar características negativas no sabor do tabaco após este procedimento. Outros cachimbeiros são capazes de discernir uma diferença, mas eu sinto falta de quaisquer receptores sensoriais que me permitam esse nível de percepção. Eu creio que deve ser melhor deixar o tabaco secar naturalmente, e tenho sido ensinado por especialistas que é melhor assim – pelo fato do calor poder alterar o sabor, mas eu não consigo identificar nenhum déficit neste sentido, então estou satisfeito.

Flakes de virgínias são os meus favoritos, então eu também preciso desmanchá-los, já que não estou entre os poucos experts que conseguem dobrá-los no fornilho e fumá-los facilmente sem a necessidade de ficar reacendendo. Eu não confio nessas pessoas! Esse truque utiliza alguma forma de trapaça não identificável, e eu sou desconfiado.

Enquanto muitos nunca se rebaixariam ao meu nível de “assistência em aparelhos de cozinha”, passei a preferí-lo por desfazer os flakes. Quando o tabaco ainda está quente após a secagem no micro-ondas, ele se desfaz com muito mais facilidade, em tiras longas e largas. Se eu esperar até ele esfrie e o tabaco esteja seco o suficiente para mim (ou seja, não crocante, mas se aproximando disso), ele ficará muito mais fino. Eu prefiro tiras de tabaco mais largas, então eu desmancho meus flakes enquanto eles ainda estão quentes.

Esse é um truque muito bom para aqueles que ainda estão “afinando (encontrando) a sua fumada. Se você fuma flakes, a temperatura após a secagem no micro-ondas é algo a ser observado, porque quanto mais frio o tabaco fica, mais finas são as tiras (ribbon cut). As tiras de tabaco tendem a manter a integridade enquanto estão quentes, mas se separam e se desintegram quando esfriam. Talvez seja porque quando quentes, ainda há alguma umidade nelas, mas seja qual for o motivo, experimente! Isso fornecerá um pouco mais de controle sobre a sua fumada, e uma variedade de níveis de umidade e consistência de para se escolher – e você pode até se tornar tão bom e conseguir fumar flakes úmidos sem desmanchá-los.

  • Texto original de Chuck Stanion para o o smokingpipes.com
  • Traduzido livremente por JC Pereira; o novato.

 

Fumaça confrades!